As pessoas vivem cercadas de belos dejetos. Elas se amam e amam umas as outras, mas como manda a moral e os bons costumes, uma de cada vez.
Olhos nos olhos, nenhuma palavra. Me envolva menina, que eu deixo. Enquanto isso, no açougue, a fila anda. Escreveu, não leu, o sabonete caiu, o pau comeu.
Não se pode confiar em mais ninguém nessa vida, chuchu, e é por isso que eu tenho um pé atrás. E outro na frente. Sempre.
Confie ne mim baby, eu vou fazer funcionar. Mecânica é a conversa do mecânico. As vezes tenho vergonha de ser bobão assim, mas dizem que isso é coisa que só acontece com quem tem sentimentos.
Eu me deito, e recordando da época em que nunca errava, me pergunto quando e porque os adquiri.
Conforme o tempo passou, e os vícios ganharam terreno, e os corpos se amontoaram a seus pés, nosso herói solar de número três balançou a mão com um muxoxo. Tudo que era capaz em termos de remorso. A seguir, olhos relampeando como no gibi, seus músculos retesados moeram a próxima vítima. De nada, tudo de novo.
É desse jeito, vocês gostam assim, uhum? Pois é, eu gosto do outro, e quem quiser mais desse, vai ter que agüentar três por um. Que tal que eu fosse ruim, e competisse de verdade só pra ver os números se multiplicarem, já imaginou?
Quando a gravidade se unir ao eletromagnetismo, e o maior for igual ao menor, os mundos se partirão em estilhaços, e em cada um deles, lá estarei eu, código genético do universo. Observar-me-ei em microscópios, e só enxergarei minha nuca. E mexerei minha mão esquerda, e em cada milhão de bilhão de trilhão de estilhaço, mexerei minha mão esquerda.
Nem eu não tenho honra, nem não tenho moral. Minh'arma não é minh'alma, e sim um pedaço de pau.
Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves
7 comentários:
Ahh.. não sei dizer alguma coisa sem ser imbecil, mas já que é pra dizer o que quiser, então, vamos lá..
Ficou bem bom XD
Bem bom de bonito =]
Parabéns^^
Mais que galante
É o amargor, meu caro, de novo.
Aquilo que Richard Brautigan (vc devia lê-lo) chamava de "bittersweet lovesick".
A narrativa é veloz. Dá para ler comendo um sanduba, uma empadinha.
Eu curto.
Isso me lembra muito o passado,não um passado muito distante, talvez uns 4,5,6,7 anos atrás quando as coisas eram diferentes, sei lá por algum motivo,nem tudo era moda,eu podia rir de mim mesmo e ter,pensar e fazer algumas coisas sem ser taxado de alguma coisa que não que não sou.
hoje todomundo precisa ser alguma coisa, descolado,legal,bonito pq se não for assim vc eh idiota, burro,estranho.
É isso,ser o que acreditamos ser o melhor para nós,o que mais nos comvém...
pois quem nos atura desgostosos pela angustia de não sermos quem queremos ser durante a vida, somos nós mesmos.
rs
esse é bom.
Gostei de vc (isso parece imbecil?)
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