terça-feira, 29 de junho de 2010

Meio-termo

Compartilhava mediunicamente da opinião média do cidadão mediano: artista bom é artista morto.

Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

sábado, 26 de junho de 2010

É isso aí!

Foram meses e anos e meses e a solução não veio. No entanto todos se sentiam bem, conectados àquilo que chamavam de isto e ninguém sabia o que era.


Interpelados em qualquer situação, no entanto eram unânimes em concordar: “Isto é bom! Ah sim, isto é muito bom!”


A despeito de qualquer prova em contrário, passaram a acreditar que isto era tudo, e em breve nada mais existia.


Limitados que se encontravam a só isto, era iminente a desgraça. E ela desgraçadamente sobreveio, rasgando aos olhos de todos uma nova e incompreensível realidade: This is it!



Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Despesas

O acaso não pune a inocência de quem segue às apalpadelas pela escuridão

em busca da transmutação do abjeto em palatável

da merda em ouro

do ai em oi

do suspiro em exclamação.


Senão,

a rejeição insana à alegria estéril

seria pecado,

e a dicotomia intrínseca a toda ciência da fé

uma heresia imperdoável,

e todo trabalho de encriptografação de sentimento em poesia

um desperdício monumental.


No entanto, se assim o for,

que assim o seja,

e amém,

para todas as lágrimas despendidas em vão.


Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves