segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Macbeth
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Ensaio sobre a fodeza
sábado, 15 de agosto de 2009
Como diz-se
Não aspirava um dia tornar-se muro ou edifício, nem nada que implicasse em abandonar sua tão prezada individualidade, de modo que não perdia seu tempo em idílios ou planos sobre como galgar ao topo, de onde se afirmava ser mais fácil a transcendência.
Quando sopraram os ventos da revolução, virando do avesso as certezas e trocando tudo de lugar; enquanto alguns dedicaram-se a exaltar a glória das argamassas e outros procuravam explicações sócio-físio-científicas condizentes com os próprios conceitos; enquanto a grande maioria aproveitava para demonstrar a força de sua fé no Homem, o ser todo poderoso que criara o universo a partir do barro e do fogo – rogando-lhe das formas mais ardorosas que protegesse a si e aos seus; foi que desapareceu.
Em meio a tamanho caos, ninguém reparou no destino de tão insignificante figura. Diz-se que partiu-se todo em nome do fim que lhe foi reservado, remoendo-se de tal forma, que cada um de seus grãos, de tão refinados, hoje pulsa em diferentes pontos do centro da essência de tudo que existe.
Diz-se que virou ponte, e que de suas lágrimas é que surgiu o rio por sobre o qual eternamente chora, sozinho, no mesmo lugar.
Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves
sábado, 8 de agosto de 2009
Noite, velha conhecida
A noite
em sua essência
não me reserva surpresas.
Sexo
drogas pesadas
atos de violência.
A noite é desesperança
que tapa com mãos de velha
os meus olhos de criança.
À noite
- é o que espero -
me embalará em seu seio
e me enxergando tão feio
há de mentir que me ama...
Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves