Ontem eu fui espancado pelo 2º Sargento Andrade, da viatura 4615 da RONE. Bem... espancado é força de expressão, foram uns dois ou três chutes e um tapa na cara, de mão fechada.
É que a polícia tem os métodos dela, e eu tenho os meus. Os dela consistem em abordar rapidamente, armas em punho, impondo o respeito pela força coercitiva do estado. Os meus consistem em beber o máximo possível do gole antes de eles quebrarem a garrafa...
E foi assim que entramos em divergência. Eles estavam fazendo o serviço deles, o sargento amestrando os recrutas, beber na rua é contravenção, merece que a garrafa seja quebrada; usar brinco é crime grave, por isso os companheiros tiveram que jogar os deles fora; olhar a identificação do policial então, deusulivre, merece soco na cara, como o que eu levei.
Pensando bem, saiu barato. Em São Paulo a gente é assassinado por ser gago... Além do que, ao que parece, nessas gerais algum sortudo sempre apanha. E eu acho que na situação dada, eles fizeram a melhor escolha. Era eu ou o Marquito, já que o Jean tem o coração fraco, perigava morrer no meio da ação, o Xico seduziu um policial e a essas alturas deve estar brincando de ligar a sirene, o Betão é meio doido, capaz de causar uma tragédia, e o calouro, de tão assustado só faltou cagar na calça.
Fiquei triste com duas coisas: o sargento ter me chamado de retardado e bosta o tempo inteiro, e a viatura não ser da COPE. Falta só uma geral da COPE pra eu completar minha coleção, mas parece que essa não é a função deles. Uma vez a gente até correu atrás da galera da COPE, gritando: - Tio! Ô tiooooo! Dá geral ne miiiiiimmmmmmmm! Mas qual o que! Esses policiais são treinados pra serem insensíveis.
Um dia desses, se eu cruzar com o 2º Sargento Andrade em algum lugar, vou sorrir gentilmente e lhe oferecer uma flor, em gratidão pela noite emocionante e por me proporcionar o mote de meu texto dominical. Obrigado 2º Sargento Andrade.
E encerrando a minha modesta participação, eu gostaria de contar uma piada, de minha co-autoria: Cidão, o selvagem da motoca lôca, parado numa blitz, leva um esporro, por guiar perigosamente, e sem capacete. Na tentativa de justificar-se, uma única frase: - Dá nada seu guarda, eu tô bêbado.
Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves
7 comentários:
Um dia ainda cobro do estado todos os meus goles que já quebraram...
Gostei! Já postou essa no bar do escritor?
legal. todo mundo merece um soco na cara para contar depois. valeu aí sargento, aqueeele abraço e um beijo gordo nas criança.
levou uns tapa na oreia então paulinho...
ut q reck
vou te apresentar o 3º sgt malvadeza.
valeu seu blog nt 10 .
rsrs
Uma sova para recordar! Excelente texto. Bjos
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