Marilisa,
mulher impura;
mulher impudica,
desfilando sem-vergonhice às margens da marginal.
Marilisa,
cujo rebolado não trai o segredo que escorre de sua boca.
Quantos já não penduraram-se em suas entranhas,
aqui mesmo,
a despeito dos engarrafamentos que acompanham toda via rápida?
Marilisa sabe:
vou fode-la de um jeito ou de outro -
quando nossos olhos se cruzam através do vidro blindado
que separa nossas classes sociais.
Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves
mulher impura;
mulher impudica,
desfilando sem-vergonhice às margens da marginal.
Marilisa,
cujo rebolado não trai o segredo que escorre de sua boca.
Quantos já não penduraram-se em suas entranhas,
aqui mesmo,
a despeito dos engarrafamentos que acompanham toda via rápida?
Marilisa sabe:
vou fode-la de um jeito ou de outro -
quando nossos olhos se cruzam através do vidro blindado
que separa nossas classes sociais.
Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves