domingo, 6 de outubro de 2013

Vento venenento

Somos N.

Nas baNaNas
somos aliteração.

Gritando verdades aos quatro ventos
puro veneno
embutido em traição.

Somos nossos próprios nomes
que se dizem nomes próprios
eivados de vícios e ócios
vazios em variação.

Mas não.

Antídoto conforme o vento
somos caos causador de alento
constância e constatação.

Pois que o exato oposto
é menos fazer de outro jeito
que causar oposto efeito.



Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Hemisférios

Metade do som
e da poesia do mundo
não seria som e não seria mundo
se não houvesse você.

A outra metade
– mundo de som e poesia –

seria.

Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Falácias

Aquilo que não se faz
quando se faz, não se fala;

quando se fala, se fode.

Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A suavidade do peso

O vento é suave
e a água é pesada.

Subprodutos múltiplos
da decomposição de núcleos
de ação familiar.

Suave é água
e pesado é o vento
sujeitos complementares

de inação ao mesmo tempo.

Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

terça-feira, 21 de maio de 2013

Doce de sonho


Tudo que resta é o sonho
que a realidade
não satisfez.

Pequeno pedaço
de tempo disperso
ao sabor das vagas
de ondas do universo

instante imutável
envolto em querer.

Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

sábado, 16 de março de 2013

Solvente universal

Daqui
o que sei 
que precisarei

são minhas aulas de vôo
a verdade
travestida em sonho

e a fria escuridão da madrugada
que à luz de qualquer fogo
transforma-se em nada.


Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

Antíteses

- Opa.
- Apo.

- Aham.
- O sapo.

Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves